No dia do índio, pouco restou do esplendor missioneiro para comemorarmos...
Guaranys não existem mais aqui e os poucos Kaigangues continuam sua eterna rotina de vender cestos e mendigar migalhas.
Vivem nas Missões acampados pelas rodoviárias.
E o que recebem é uma lata de leite em pó e olhares de compaixão.
Como dizia Jayme Caetano Braun em seus belos poemas: "...Na bendita teimosia de continuar brasileiro..."
E os que tem poder de decisão, os designados e sabiamente escolhidos, ficam com uma só frase na mente:
"Índio não tem força de voto!"
Fiz esta estatueta chamada "Missões Soterrada" representando o fantástico mundo que foram as Missões Jesuítico-Guarany e o esquecimento proposital que a soterrou...
Como um apelo para rompermos esse véu de sonolência que tanto teima em nos sufocar...
Hoje ser índio, nestas terras e no seu dia, é algo que merece mais reflexão do que comemoração.
Abaixo, um poema sobre o tema.
Um comentário:
Na história humana há um rastro de injustiças, povos esmagando povos, culturas devastando culturas. Somos nós cobaias de um criador débil? Ou não existe nada de inteligência, só matéria que perambula espalhando dor para o delírio de mentes doentias. Por quê as almas boas não tem força para tranformar o mundo e as mentes malígnas governam a terra?
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