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sexta-feira, 20 de março de 2009

Explicações sobre a estátua de Sepé






















Esclarecimentos sobre a obra:
SEPÉ TIARAJU SÃO-LUIZENSE E MISSIONEIRO
O símbolo maior da resistência guarany, nasceu, segundo alguns historiadores, em São Luiz Gonzaga e era imprescindível utilizarmos essa informação em nosso benefício. 
Foi esse o motivo que me levou a confeccionar a estátua. 
Seu tamanho e dimensões 2 metros altura x 1,50 largura e 950 kg, foram elaborados para um pórtico, que na verdade nunca foi construido... 
Na falta do dito, e pela urgência da situação, solicitei a inauguração da obra no dia 19 de abril de 2006, dia do índio. 
Digo urgência, porque constatei que até aquela data, a figura de Sepé divulgada pela imprensa regional e estadual era a da escultura existente na cidade de Santo Angelo, chamada "Familia Guarany" bela obra do escultor Olindo Donadel. Precisávamos mostrar ao mundo que esse símbolo universal de resistência era São-luizense.
Hoje quando a mídia cita esse vulto, seguidamente focaliza a escultura existente em São Luiz. 
Um artista, como dizia meu saudoso amigo e escultor Valentim Barcelos, é um criador de símbolos. 
A estátua de Sepé é um símbolo de força e determinação, sendo mais uma das imagens que representam nosso povo. 

Explicações sobre a Cruz: 
Denominei esta obra de:"A cruz acima da lança!" 
A cruz cristã representa o sacrifício voluntário em prol de algo grandioso...
Ela é um símbolo universal e também representa a paz; coisa importante nos dias de hoje e importantíssima para o amanhã.
Nessa posição Sepé está postado tal qual uma barreira de carne e osso, com a Cruz acima da Lança, como a dizer que a paz era seu primeiro objetivo e a lança estava em segundo plano, porém firme... 
Sepé foi um símbolo de resistência, por isso todos nós o admiramos, representa a força daquele que aparentemente parece ser o mais fraco. 
Nas reduções era essa a cruz que usavam. Por estes motivos ela foi colocada na obra, para exaltar o apelo da paz.
Explicações sobre a confecção da obra: 
Esta obra foi confeccionada pelo preço de custo, de outra forma acho que ela não seria realizada...
Foi o caminho do meio, pois não pude cobrar o preço justo por saber que Turismo e Arte, não eram prioridades(concordo, porque saúde, educação e segurança devem vir primeiro) assim como não pude dar de presente para a população.
Desta maneira é que a obra foi realizada.
Aos poucos vamos compreendendo que estamos pisando sobre uma riqueza enorme chamada: história e cultura. 
Explorar isso de forma turisticamente correta, será uma de nossas melhores fontes de renda.

2 comentários:

Vivian disse...

Buenas, Vinicius

E como seria a forma correta de explorar o turismo no RS?

viniciusribeiroescultor disse...

Olá, Vivian!
No meu texto,refiro-me a São Luiz Gonzaga...
Quando digo que é possível explorarmos positivamente o turismo na nossa terra, quero dizer que é possível sim, valorizar-mos o muito que temos e despertar o tanto que continua adormecido. Não precisamos inventar temas, já o temos de sobra.E talvez essa abundancia justifique nosso sonolento comodismo...Diferente de algumas cidades que não sabendo reconhecer sua história, fomentam incrivelmente o turismo usando temas alheios às suas raizes, o que para mim é uma forma equivocada de turismo.
Temos um produto raro que é a cultura e ele precisa ser bem apresentado. São os adornos, os detalhes, que complementam uma obra.Ou seja amadrinhar cada foco turistico com as informações necessárias. Tornando o local agradável e instrutivo.
Abraço Vivian!
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