Hoje, 08 de Julho 2015, aniversário morte Jayme(08/09/1999).
Cruzei a ponte, passei donde era o bolicho, pela antiga Venda do Bonifácio em direção ao lajeado, me dirigia à Timbaúva...
Mais uma vez volto àquela terra, mais precisamente à fazenda
Santa Terezinha das Rosas da família Ramos.
Era aniversário da poetisa e prima Danci Caetano Ramos...
Aquele local é um dos "Nascedouros da poesia gauchesca!" Onde a vertente antiga e cristalina continua jorrando...
Nela bebeu Jayme Caetano Braun durante muitos anos, principalmente quando desiste dos estudos do colégio Júlio de Castilhos(Julinho) abandonando Porto Alegre e decide morar de vez, na fazenda que ele tanto amava; na época do seu tio Danton Ramos.
Este hábito, que pelos meus cálculos têm quase 150 anos, persiste até os dias de hoje, são várias gerações fazendo versos.
As duas Santas na terra da poesia que refiro, são os nomes de duas das mais importantes fazendas históricas da região: Santa Terezinha e Santa Catarina. Próximas 3,5 km uma da outra.
Nesta última visita, presenciamos novamente um festival de emoções!
A comida excelente, a carne impecável como sempre!
Quem nunca provou uma ovelha dos campos finos da Timbaúva não conhece o verdadeiro sabor do Rio Grande!
Mas o principal foi a tertúlia poética e musical! Arrepiante!
Era aniversário da poetisa e prima Danci Caetano Ramos...
Aquele local é um dos "Nascedouros da poesia gauchesca!" Onde a vertente antiga e cristalina continua jorrando...
Nela bebeu Jayme Caetano Braun durante muitos anos, principalmente quando desiste dos estudos do colégio Júlio de Castilhos(Julinho) abandonando Porto Alegre e decide morar de vez, na fazenda que ele tanto amava; na época do seu tio Danton Ramos.
Esta é uma das fazendas dos descendentes da família Ramos: do casal João Silveira Ramos e Victória Rodrigues do Amaral Ramos. Pertencia ao seu filho Laurindo do Amaral Silveira Ramos.(veja aqui sobre esse poeta, coronel e revolucionário, importante figura da família Ramos:
O casal patriarca "João e Victória Ramos" tiveram os seguintes filhos: Liberato, Laurindo(1870), Fernando, Manoel Barroso, Manoel Ozório, João Manoel, Florinda(avó materna do Jayme), Brandina, Antônia, Florisbela(minha bisavó paterna) e Carolina. Esta é considerada a primeira leva de poetas da família Ramos.
Depois de um certo tempo, o coronel Laurindo resolveu mudar para a área rural da cidade de Itaqui-RS(localidade de São Donato, onde lá nasceu seu filho dep. Ruy Ramos) e então vendeu a fazenda santa Terezinha, para seu cunhado Anibal Caetano, casado com sua irmã Florinda Ramos Caetano(avós maternos do Jayme).
Anibal e Florinda passaram a fazenda para sua filha Araci Caetano Ramos(Cecy) quando ela casou com Danton Victorino Ramos.
A fazenda acabou ficando na mesma família, pois Danton era filho mais velho de Laurindo Ramos(Araci e Danton eram primos), casamento de primos era algo muito comum naquela época...
Jayme cresceu visitando essa fazenda e foi morar nela em 1943, aos 19 anos, após abandonar os estudos de Porto Alegre e ficou lá até 1947 quando casou com Nilda Aquino Jardim. Veja aqui a entrevista onde ele fala a data que saiu do colégio:
Nesse período Jayme conviveu diariamente com o centenário hábito de recitar poesia da Família Ramos, que ele já conhecia desde pequeno, pois todas as suas férias escolares ele ia para lá imediatamente.
Este hábito, que pelos meus cálculos têm quase 150 anos, persiste até os dias de hoje, são várias gerações fazendo versos.
Faz algumas décadas que a fazenda Santa Terezinha foi herdada pelo sr. José Jesus Caetano Ramos, o "seu Juca Ramos" como é popularmente conhecido, pessoa querida e muito respeitada na região.
Seu Juca, filho de Aracy e Danton, persiste como um pau-ferro, uma tronqueira, avivando o fogo centenário das gerações de poetas que dali saíram.
Os encontros poéticos continuam em datas festivas, como no 30 de janeiro(data nascimento do Jayme) e outras tantas. Sempre é uma alegria visitar aquele templo da poesia, tanto pela magia que emana do local como pela calorosa recepção, marca característica de seus anfitriões.
Todos os anos, em várias ocasiões, peões e patrões, doutores e assalariados sentam-se lado a lado sem distinções de posses, títulos ou mestrado.
São movidos pela amizade e pela força do hábito de ouvir e recitar poesias.
No final desta postagem, há fotos de algumas vezes que lá fui; há vídeos também, escute e sinta!
São movidos pela amizade e pela força do hábito de ouvir e recitar poesias.
No final desta postagem, há fotos de algumas vezes que lá fui; há vídeos também, escute e sinta!
As duas Santas na terra da poesia que refiro, são os nomes de duas das mais importantes fazendas históricas da região: Santa Terezinha e Santa Catarina. Próximas 3,5 km uma da outra.
As duas fizeram parte do surgimento da poesia, na vida de muita gente!
A fazenda Santa Catarina(onde Jayme nasceu), também cultuava o hábito de realizar nos galpões, suas tertúlias poéticas entre a família. Sei disso pois meu avô Anajande Ramos Ribeiro morou e trabalhou (da sua adolescência, até sair para casar, com minha avó) nessa propriedade dos seus tios Anibal e Florinda.
A fazenda Santa Catarina(onde Jayme nasceu), também cultuava o hábito de realizar nos galpões, suas tertúlias poéticas entre a família. Sei disso pois meu avô Anajande Ramos Ribeiro morou e trabalhou (da sua adolescência, até sair para casar, com minha avó) nessa propriedade dos seus tios Anibal e Florinda.
Meu avô era da família, aprendeu a fazer versos, pois convivia também com esse hábito familiar de fazer versos a toda hora, não virou um especialista como o Jayme, porém o pouco que sabia, usou para conquistar minha avó(dito por ela mesmo) Vidalvina Antunes Medeiros Ribeiro; me disse ela, que tinha um outro pretendente, com posses até, mas foram os versos dele que ganharam a simpatia e depois o coração dela. O velho não tinha posses mas tinha versos. Aplicou a conversa na vó...
Resumindo: as duas fazendas com nomes de santas cultivavam esse bonito hábito de falar em versos rimados, Jayme conviveu na infância e adolescência nas duas: a Santa Catarina onde ele nasceu, e a Santa Terezinha, onde escolheu morar(morou e trabalhou até sair para casar).
Jayme cresceu vendo seus parentes mais velhos fazendo versos, desde criança aprendeu a pensar em forma de versos e por algum motivo se encantou com isso. Esse encantamento, essa alegria fez ele buscar sempre mais. Não havia a competição, havia o brilho nos olhos em querer mostrar aos demais familiares que ele também sabia fazer versos bonitos.
No fundo, cheguei a conclusão que são os bons hábitos que moldam positivamente as pessoas, uma criança, um adulto, que aprenda a se expressar em forma de versos, verá o mundo com outros olhos.
Não foi apenas o sobrenome que transformou a família Ramos na "Família dos poetas!" foi a magia daquele local, de manter por mais de século uma arte tão encantadora. Não tenho dúvidas que aquele local da Timbaúva é uma das Nascentes da Poesia do Rio grande do Sul!
Nesta última visita, presenciamos novamente um festival de emoções!
A comida excelente, a carne impecável como sempre!
Quem nunca provou uma ovelha dos campos finos da Timbaúva não conhece o verdadeiro sabor do Rio Grande!
Mas o principal foi a tertúlia poética e musical! Arrepiante!
Abaixo vídeos Danci Ramos e José Dirceu Dutra declamando e no final foto do pajador Orci Machado emocionando os presentes com sua poesia.
Danci Ramos declamando.
Orci Machado emocionado declamando...
Quer saber mais sobre esses temas? Clica aqui vivente:http://viniciusribeiroescultor.blogspot.com.br/2007/09/blog-post_7622.html
Quer saber por quê Jayme nasceu na Timbaúva? Clica aqui e fique sabendo:
http://viniciusribeiroescultor.blogspot.com.br/2008/05/breve-histrico-de-jayme-caetano-braun.html
Quer saber mais sobre esse local e a origem da veia poética do pajador Jayme Caetano Braun? Então clica aqui:
http://viniciusribeiroescultor.blogspot.com.br/2009/07/10-anos-de-distancia.html
Danci Ramos declamando.
José Dirceu Dutra, o poeta Miguelino, declamando.
Orci Machado emocionado declamando...
D. Gelsa Ramos de Morais declamando, fazenda Santa Terezinha-Timbaúva(2009) |
No meio do evento recebo uma notícia espetacular: na fazenda Santa Catarina, fazenda onde nasceu e foi enterrado o umbigo do Jayme, o atual proprietário, o amigo Oscar Lourenço Vieira Pires, contou que recolocou as telhas da casa antiga.
Ouve certa repercussão pelos tradicionalistas da capital, quando viram uma foto da velha casa com telhas de amianto(brasilit) ao invés das tradicionais telhas antigas. Ficaram tristes pelo ocorrido, pois isso descaracterizaria a casa onde nasceu Jayme.
Porém, Oscar, explicou o motivo: foi devido às inúmeras infiltrações, fez isso a pedido do caseiro, até conseguir pela região outras telhas semelhantes para substituir.
Por esse motivo guardou empilhadas as telhas ao lado da casa e fixou as folhas do brasilit temporariamente, inclusive sobre uma lona preta, para solucionar o problema naquele momento.
Contou que conseguiu repor todas as telhas, dando aspecto igual ao original e melhor, pois agora sem goteiras e infiltrações.
Sei do cuidado que ele tem em preservar a história do local; Oscar e sua esposa Maria Tereza Cavalheiro Pires, foram um dos primeiros patrocinadores do Monumento ao Pajador de seis metros que fiz para homenagear ao poeta Jayme Caetano Braun. Naquela época ele já havia exposto algumas modificações que queria fazer no local para melhorá-lo, sem descaracterizá-lo.
Ouvir da voz dele essa história foi esclarecedor e tranquilizante; uma garantia de que a centenária fazenda continuará preservada.
Não pude ir no local tirar fotos para postar, estava chovendo na fazenda Santa Terezinha e elas ficam distantes uma da outra 3,5 km. Quando notamos estava na hora de voltar para São Luiz e tarde demais par ir no local. Pedirei para ele mesmo mandar uma foto atual.
Porém, Oscar, explicou o motivo: foi devido às inúmeras infiltrações, fez isso a pedido do caseiro, até conseguir pela região outras telhas semelhantes para substituir.
Por esse motivo guardou empilhadas as telhas ao lado da casa e fixou as folhas do brasilit temporariamente, inclusive sobre uma lona preta, para solucionar o problema naquele momento.
Contou que conseguiu repor todas as telhas, dando aspecto igual ao original e melhor, pois agora sem goteiras e infiltrações.
Sei do cuidado que ele tem em preservar a história do local; Oscar e sua esposa Maria Tereza Cavalheiro Pires, foram um dos primeiros patrocinadores do Monumento ao Pajador de seis metros que fiz para homenagear ao poeta Jayme Caetano Braun. Naquela época ele já havia exposto algumas modificações que queria fazer no local para melhorá-lo, sem descaracterizá-lo.
Ouvir da voz dele essa história foi esclarecedor e tranquilizante; uma garantia de que a centenária fazenda continuará preservada.
Não pude ir no local tirar fotos para postar, estava chovendo na fazenda Santa Terezinha e elas ficam distantes uma da outra 3,5 km. Quando notamos estava na hora de voltar para São Luiz e tarde demais par ir no local. Pedirei para ele mesmo mandar uma foto atual.
Quer saber mais sobre esses temas? Clica aqui vivente:http://viniciusribeiroescultor.blogspot.com.br/2007/09/blog-post_7622.html
Quer saber por quê Jayme nasceu na Timbaúva? Clica aqui e fique sabendo:
http://viniciusribeiroescultor.blogspot.com.br/2008/05/breve-histrico-de-jayme-caetano-braun.html
Quer saber mais sobre esse local e a origem da veia poética do pajador Jayme Caetano Braun? Então clica aqui:
http://viniciusribeiroescultor.blogspot.com.br/2009/07/10-anos-de-distancia.html
Um comentário:
OPa, pode dar uma olhada no meu site: www.escultura3d.art.br Obrigado.
Postar um comentário